para ficar guardado em quadro sem moldura
me moldo de acordo com o retrato
me faço paisagem de árvores sob a chuva
fico estagnado com o frio molhando folhas
que um dia foram regadas por essa água
hoje encharcada pela frieza, sobram afogadas
fica estragada pela falsa mão que cuidava.
a estranheza de um ilustre desconhecido
que um dia conheceu o reflexo da pureza
que limpou o céu de nuvens de incerteza.
certo ou errado, julgou! acertando, errou!
se permanece em interrogações da sua fé
acredita no que é, se vê; e não vê o que é
percebe que devolve o que nunca foi seu
hoje só água leva pra longe todo resto meu.
by Danilo Maramaldo em 05/11/2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário